Termina
nesta quinta (8/9) o prazo dado pelo SINPAF para que a Embrapa se
manifeste em relação ao ofício enviado pelo sindicato na última
sexta-feira (5/9) solicitando o estabelecimento de mesa de negociação
para tratar do sistema de controle de jornada de trabalho na empresa.
Na
última quinta-feira (1/9), ao implementar o registro manual de
controle de frequência, a Embrapa descumpriu a Portaria nº 373,
expedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que prevê que a
decisão sobre mudanças no mecanismo de registro de ponto
alternativas ao Registrador de Ponto Eletrônico (REP) deve ser
discutida em Acordo Coletivo de Trabalho.
A
Portaria 373 trata das possibilidades de adoção de formas de
controle de ponto distintas da prevista na Portaria nº 1510/2009,
também do MTE, que disciplina a utilização do REP nas empresas.
Leia também: SINPAF não
defende único sistema de controle de ponto. Assunto deve ser discutido
com os trabalhadores
O
prazo para que as empresas adotassem o sistema de controle
eletrônico, previsto anteriormente para começar a valer em 1/9, foi
prorrogado para 3/10 para garantir que os patrões se adéquem melhor
à nova norma. “É preciso destacar que a portaria 373 permanece
intocável, não tendo sido de qualquer forma revogada, anulada ou
suspendida em seus efeitos. Pelo contrário: tão somente se
prorrogou mais uma vez apenas o prazo para que as empresas efetivem o
sistema eletrônico de controle de jornada de trabalho. Em nada
restou atingida a obrigatoriedade de anuência da entidade de classe
dos empregados na hipótese de adoção de sistemas alternativos de
controle de jornada”, reforça o ofício enviado pelo SINPAF.
O
documento pede que a Embrapa designe, até esta sexta (8/9), comissão
e data para a abertura de mesa de negociações com o SINPAF com
vistas a discutir e acordar com o sindicato, se for o caso, por meio
de termo aditivo de Acordo Coletivo, os procedimentos adequados para
o controle de ponto “obedecendo às exigências dos normativos
pertinentes”.
"O
SINPAF não defende lista, ponto eletrônico ou mecânico. Defendemos
que isso seja discutido com toda a categoria. É justamente o que
estabelece a portaria 373", afirma Vicente Almeida, presidente
do SINPAF. “O controle eletrônico de ponto estabelecido pelo
MTE pode ser um bom mecanismo de combate às fraudes hoje existentes
no controle eletrônico dentro da Embrapa, porque temos várias
denúncias de unidades da Embrapa e de outras empresas de fraude no
sistema de controle. No entanto, reconhecemos que para algumas
categorias dentro da empresa são necessários sistemas alternativos.
Mas tudo deverá ser discutido em Acordo Coletivo com o SINPAF”,
completa.
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