A Embrapa não foi autorizada pelos órgãos
superiores a aceitar a proposta de conciliação do dissídio
coletivo nos termos apresentados, nesta segunda-feira (29), pela
ministra relatora Maria de Assis Calsing, do Tribunal Superior do
Trabalho (TST). A proposta incluía o abono de dois terços dos dias
parados devido à greve e a compensação de um terço desses dias
por meio de abonos previstos no Plano de Carreiras da Embrapa (PCE),
além da formação de comissão paritária, em 30 dias, para
discutir a norma que disciplina a folga de pagamento, vigente desde
1º de agosto.
Em relação aos dias de paralisação, a Embrapa
ressalta que já tinha efetuado a proposta de abonar dois terços do
total das faltas. Sobre a folga de pagamento, a Empresa esclarece que
publicou, em julho, uma resolução normativa com base em critérios
técnicos para disciplinar o assunto. Essa norma estabelece o direito
ao benefício aos empregados que trabalham em Unidades ou Campos
Experimentais onde não existe posto de atendimento bancário e cuja
agência bancária mais próxima esteja localizada a partir de dez
quilômetros de distância.
A Embrapa entende que
já oferece outras alternativas para que os empregados possam
resolver questões particulares de qualquer espécie, como o abono de
cinco dias previstos no PCE.
Julgamento
Como não foi possível a conciliação, o
dissídio coletivo, ajuizado pelo Sinpaf em junho, deve ir a
julgamento na Seção Especializada em Dissídios Coletivos do TST,
composta por nove ministros. Todos votarão para decidir a questão,
a partir do relato da ministra Maria de Assis Calsing. De acordo com
informações repassadas durante a reunião de conciliação, o
julgamento está marcado para o dia 12 de novembro.
Empresa buscou acordo
A Embrapa reforça que, mesmo após o ajuizamento
do dissídio por parte do Sinpaf, fez outras duas propostas para
fechamento do ACT 2012/13, nos dias 21
de setembro e 4
de outubro (clique nos links para ler
matérias). Nenhuma dessas propostas foi encaminhada pela Diretoria
Nacional do Sinpaf para análise das bases em assembleias.
Como divulgado em nota
pela Diretoria-Executiva da Embrapa, no último dia 19, o presidente
Maurício Lopes, na busca por concluir o ACT 2012/13, recebeu a
Diretoria do Sinpaf e se empenhou em recorrer novamente a todas as
instâncias do Governo Federal. Apesar da boa receptividade, não foi
possível avançar além da última proposta feita pela Empresa, já
que há o entendimento de que houve avanços
significativos desde o início das negociações até a proposta
colocada no dia 4 de outubro, que oferecia aumento de 20% no
auxílio-alimentação, passando de R$ 550 para R$ 660 ao mês;
flexibilização de abonar 2/3 do total das faltas de greve; reajuste
salarial de 5,10%; auxílio-creche de R$ 368,81 até dezembro do ano
em que o dependente completar sete anos de idade; entre outros
pontos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário