terça-feira, 27 de setembro de 2011

Diretoria da Embrapa não investigará suspeita de crimes contra a União na AJU

A diretoria da Embrapa informou à Diretoria Nacional do SINPAF, por meio de carta enviada nesta segunda (26/9), que não tem a intenção de instaurar nova comissão de sindicância para apurar suspeita de prevaricação e condescendência criminosa em sua Assessoria Jurídica (AJU). A posição é uma resposta ao pedido formal, enviado pelo presidente do sindicato, Vicente Almeida, no último dia 21.

A intenção do sindicato é assegurar uma apuração isenta e eficaz dos crimes supostamente cometidos por um advogado da empresa com o conhecimento do chefe e do coordenador de contenciosos da AJU. Embora a Polícia Federal esteja investigando a suspeita há mais de um mês, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Diretoria Nacional do SINPAF considera que a apuração por meio de sindicância interna seria uma maneira da diretoria da empresa demonstrar seu compromisso não só com as normas internas, mas com todo o regramento legal que deve prevalecer na administração pública.

“É certo que a investigação de crimes contra a União e suas entidades autárquicas e empresas públicas é de competência da Polícia Federal, no entanto, não há leis impedindo a instauração de comissões de sindicância para apuração de responsabilidades em nível administrativo. Portanto, mais uma vez não entendemos porque a diretoria da Embrapa se mostra tão resistente em contar com a colaboração dos trabalhadores para apurar denúncia tão grave e preocupante”, reflete Vicente.

O presidente do sindicato reitera que a expectativa dos trabalhadores é de que a denúncia não se confirme. “Afinal, até que haja prova em contrário a Embrapa sempre foi gerida de forma austera e esperamos que continue sendo assim. Além disso, a confirmação dos crimes poderia revelar, inclusive, a existência de uma quadrilha que estaria utilizando a estrutura da empresa para obter lucros particulares. Esperávamos mais empenho da parte da diretoria da empresa em apurar a suspeita, por isso, lamentamos muito essa posição equivocada e autoritária”, ressalta.

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Um comentário:

  1. A Embrapa é mestra em investigar a vida de seus trabalhadores, expert em punir pais de família, cheia de doutores em assédio moral, PhD em desrepeitar os princípios da moralidade e da impessoalidade na avaliação de seu pessoal, gênia em retirar vantagens dos trabalhadores, espetacular em não publicar seus atos... Ninguém sabe quem recebe gratificação, por quê, etc. e tal...Dinheiro público é público. Será que a Embrapa foi privatizada e agente não sabe? Há alguns que se comportam como se fossem proprietários da Embrapa, que se julgam no direito de fazer o que quiser com a empresa. Agora que a classe trabalhadora tomou pau nas ações judiciais (decisão esquisita sobre o in itineris), é que vão pisar nas nossas cabeças. Tá na hora de o sindicato e a classe endurecer. Veja o exemplo dos Correios e dos bancários, os sindicatos não abrem nem para um trem... Agora agente fazer greve de três dias e se ajoelhando para patrão... Pelo amor de Deus...Precisamos aprender muito como o sindicato dos bancários e dos Correios. Aqui só leva vantagem os pesquisadores, classe que tem o menor percentual de filiação. Os assistententes só tomam peia... Estou vendo uma desfiliação em massa por aí...

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