sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Codevasf: crise hídrica afeta projetos implantados pela companhia

Senadores e Deputados realizam audiência pública nesta quinta-feira (15/10), na Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Senado, para debater o risco de colapso em distritos irrigados do São Francisco.

O diretor-geral do Operador do Sistema Elétrico Nacional (ONS), Hermes Chipp, um dos participantes, disse que está sendo feito todo o possível para que seja mantido em nível adequado o volume de água no reservatório de Sobradinho até o início efetivo do período de chuvas nesta bacia. O objetivo é assegurar, de modo controlável, os usos múltiplos da água, como o abastecimento humano e os projetos de irrigação.

“A Bacia do São Francisco praticamente está sendo operada para outros usos da água, não para abastecimento energético”, esclareceu.

Caso crítico

Ao redor do lago de Sobradinho operam muitos dos distritos irrigados implantados pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), o maior deles o perímetro Nilo Coelho, que estava sob ameaça de ficar sem água já em meados de dezembro. Do total de 150 empregos diretos gerados pelos projetos implantados pela companhia, 60 mil estão nesse distrito irrigado.

No perímetro Nilo Coelho a situação era mais crítica porque a captação para esse projeto, na sua concepção original, só permite a retirada de água do volume útil da barragem. Por isso, a Codevasf já vinha executando conjunto de obras para garantir captação da chamada reserva morta, já que o volume mínimo útil seria atingido em meados de dezembro.

A boa notícia é que essas obras devem ficar prontas até 30 de novembro, 15 dias antes do prazo previsto, como foi adiantado pelo assessor da diretoria da Codesvasf, Marcos Pedra. Para isso, explicou o assessor, as três empresas contratadas estão trabalhando 20 horas por dia, quatro além do que já vinham fazendo.

– Lidando com obras, sabemos que imprevistos sempre acontecem, mas estamos trabalhando arduamente junto às contratadas, com aumento do esforço humano e de uso de equipamentos, para viabilizar os trabalhos – disse.

Os investimentos, orçados em R$ 34 milhões, incluem gastos com aquisição de bombas, circuitos elétricos e flutuantes que serão instalados às margens do rio para captar a água. Estão sendo também construídos diques e canais.

Diretoria de Divulgação e Imprensa, com informações do Senado

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